22 de jun. de 2010

Tara pela Tara.

Dê coração. Decoração. Descoração.

Coração que bate. Sai pela boca. Batimento que para.

Cardíaco.

www.taramcpherson.com

6 de jun. de 2010

Sem trilha, nem rascunho.

O ócio de dias emendados dá sensação de rascunhos pra segundas. Feiras, intenções e tentativas.

Tentativas que servem quase para persistir em erro.
                                    
'Érro', 'érro', mas juro... Tento acertar, mas é que sabe... de vez em quando tanto

d
e
s
a
b
a.

Obrigado.

16 de abr. de 2010

Orientalizado.

Fragmento. Isso! Um fragmento. As cores fantásticas em fotografia imóvel, hipnotizam e remetem a um imaginário quase infantil e esquecido. Os caminhos trilhados em cor pastel indicam vida continuada, os diálogos sutis, parafraseando percepções, sugerem introspecção simultânea. Um personagem, e eu e tu e eles, fomos entrados juntos no quadro parado (?) diante da vida.
Contrastes na imagem fragmentada, engrenagens induzem à uma certa continuidade e, não estranhamente a imagem para, o personagem segue, e a imaginação-nossa, diante da imagem estática quase se confunde, se não fossem as frases que continuam instigando “por quês” quase esquecidos.
Sem reticenciar, porque há outros sonhos-reais praquele caminho que vai ser trilhado em túnel e sobre lagos e com mochilas e anciãos e cachorros. E os pássaros - que voam, são negros como um túnel sem luz no fim, mas voam e possuem ritmo de canção.
Os cachorros que uivam em prévia de velório, avisa: há coisas além daqui e eu fico aquém se persistir. Pé ante pé e a audição da gente fica assustada, entende? Aqueles sons ecoados em túneis escuros indo prum lado desconhecido, quase temido.
A rigidez e disciplina, gritantes em militares - tão vulneráveis diante de um fim. Surpreso, não ousei piscar. E não pisquei, até sentir as palavras nos meus pensamentos, refletindo a morte, quando eu for, ela vier, e acontecer. Porque a vida está acontecendo e o fim (?) chegará. Como para um pelotão de soldados em guerra, que quando acaba, a vitória é alheia.
Enfim, um fim com final feliz, celebrado com canções e lagos e moinhos nas águas que correm ao som da fluidez da vida que continua acontecendo.As gentes cantam por um ancião com vida vivida que foi, foi ali prum lugar que só não tem nome, porque não precisa, não precisaríamos – sequer, nomear essa coisa toda. A vida, a desvida, a morte em vida, nem o mundo em que vivemos e morremos...
Sinto uma quase pressa para terminar o texto da morte, não fosse minha admiração e tentativa de empenho pela linearidade. Tento não temer a morte, desde que não haja um fragmento sequer de vida para ser vivida, quando a minha morte acontecer.

12 de abr. de 2010

Chorei entre as gentes.

Nem preciso começar, porque com vírgulas a bruxa já começou, talvez me caberia começar por um pon-to-fi-nal.

PON-TO-FINAL à flor da alma ele esteve alí, entre aquelas gentes todas vestidas em lãs, o frio amenizado pelo ar-condicionado e a alma aquecida por tanta vida vivida sem nem entender o por quê.

VÍRGULA e ele gostou do gosto salgado no paladar e ácido na alma do líquido-soro que desceu pela bochecha com barba de nem 24 horas, ela , ela estava falando da vida com ele no mecenê. E ele, ele chorou entre as gentes, ele foi alí no canto da tela do computador se recompor, mesmo estando parado diante da tela do computador.

EXCLAMAÇÃO d'Ela - a vida pede que eu apareça e eu não consigo ser. Ele falou da bruxa. E do bruxo que falava da bruxa. Caio num vácuo. Ela em mim, o vácuo.

DOIS PONTOS PULA UMA LINHA TRAVESSÃO.

23 de mar. de 2010

Estou sendo.

Ao terminar Lóri-Ulisses, me comecei. No livro da bruxa e na rodovia chovia. Vontade de ser, deixar amarras, ouvir as músicas de ser, ser a paz fundamental, desnecessitar da alegria que, segundo Ela - a bruxa, podemos até nem perceber de tanta-dor. Uma dor que dói por ser, ao ser, em cada momento da pergunta - e eu era eu?

Pra ilustrar, juvenil pela simplicidade, me lembro de doer menos há algum tempo.

21 de mar. de 2010

Aos leões, mas nem tão.

Bom dia. Nas linhas férreas venho rindo, contentamento demasiado.
Alguns degraus e um iceberg em mim, bem dentro de mim. - Oi, um cumprimento simples assim.
E nem tão de repente. Apurações, confirmações. Meu Deus. Adrenalina e (auto - ?)confiança.
Quase-lágrimas de emoção. Quase desacreditado do dia que prosseguiu.
Anestesiado, a qualidade do texto aqui minimizada. Mas constatado o vislumbre. Dias virão e vou ser neles, nos dias.


14 de mar. de 2010

Just dream.

Arrebenta fitinha, por favor, vai! E ela ainda está aqui no meu tornozelo, porque pulso é assumir fé-demais. Nunca gostei de pensamentos muito teocêntricos, mas sem coragem (e motivo) para ser ateu, creio, acredito e persisto, mesmo que por medo de parar, desacreditar. Mas Nossa Senhora Aparecida está aqui, inclusive agora, quando olhei o trapinho vermelho que já nem tem Seu nome legível.

Ensaiei escrever antes mesmo de escrever sobre Elas. Mas precisava ruminar mais um pouco, moldar, ter aval interno. E sonhei! Hoje eu sonhei que uma chuva torrencial chegava no momento em que atendia alguém na portaria de um prédio, a chuva que começava bonita - inundava, a rua-rio até impressionava, mas eu estava diante da situação e olhei, e quando já não era só uma pessoa na portaria, vi amigos, todos reconhecidos em rostos sorridentes e receptivos buscando abrigo desde a portaria até uma porta pequena, e rimos, depois de reconhecer - a chuva, os amigos - rimos, esperamos a chuva passar, e ela passou.

A tempestade passou. O sonho aconteceu no sono, o sonho acontece, as tempestades me inundam de um tipo de mim desconhecido, mas os amigos estão por perto, e já fora do sono - o sonho acontece. E Nossa Senhora!É possível. E a fitinha sequer arrebentou.

"Porque fé quando não se tem, se inventa." Caio...

12 de mar. de 2010

“Não meu bem, não adianta bancar o distante...”

O que é esse gato preto na sala, doutor? Alucinação ou não, minha mãe afirma convicta que tal fato fez parte do meu nascimento notívago, se havia ou não um gato preto num dos momentos que protagonizei minha vida, a questão é que essa história jamais poderá ser confirmada.
Mais tarde-agora, minha fascinação por vozes femininas pode estar associada ao convívio quase majoritário com tias e primas e irmã e mãe e vizinhas e colegas e elas. Hoje Feist, a canadense, Sophie Zelmani, a sueca, ou a irlandesa Dolores O’Riordan e mesmo Ella (quase redundante) e a Billie, quase suprem as ausências das mulheres da minha vida de alguns poucos anos atrás, e eu juro que poderia preencher laudas com nomes d’Elas.


Nas minhas leituras elas tentam, quase predominam, exceto pelo Caio – prin-ci-pal-men-te o Caio, o Fernando Abreu, ou Caio F., o primo careta da Christiane, como costumava assinar algumas cartas. Minha identificação com seus textos é tão intensa que sinto – vezenquando*, ele vivendo nas minhas entranhas.



E depois - ou durante - elas e Ele, ouvindo elas e Ella, eu ouso exteriorizar tanta introspecção – e escrevo: percepção do nada, questionamento coletivo ou só pra não “somatizar”, pois dizem que vira câncer, vai saber... Melhor não arriscar.

Ah! E tem Ela na tela, mas dirigida por ele, aliás, Ele, melhor – outro Ele, o Bergman, sueco (por que mesmo não nasci lá?). Mas isso, isso tem pouco tempo – Sonata de Outono em verão: náuseas, um nó estranho em sábado à noite. Não! Jamais assistirei filmes reflexivos aos sábados à noite outra vez (me contradigo, já vi de novo e novos). Mas a Liv Ullmann (poderia ser Womam, não?) ela é incrível e escreve sobre vida tão sutilmente que me sinto em morte-no-jardim-florido, e releio, revejo-a.


Mas isso tudo (?) faz tão pouco tempo que, quando penso em década de 90, minha memória me apresenta jogo de taco na rua, caminhão de batatas e seus megafones, comprar (e vender) geladinhos, aqueles sucos congelados que levam um tipo de brisa à vida de quem vive nos interiores dos estados e vivem, em verões que hoje, são Bergman.
A coisa cosmopolita que vivo e desejo mais, me remete ao sonho do crescer-na-vida, mas nesse fragmento de vida em papel (?), torno a questionar que vida foi a vivida, qual é a escolhida e pra que lado quero que o furacão me leve, como costumo dizer, no olho do furacão não percebemos sua intensidade, mas o importante é o movimento que ele faz, e sua direção.

8 de mar. de 2010

Sobre as desnecessidades de Eros.

Há uns mais de mil dias, eu li uma matéria, dessas de algumas páginas além e que você tem vontade de rasgar na sala de espera do consultório pra levar pra casa e guardar. Falava de amor - o assunto eterno, a falta d'Ele, o amor. A confusão n'Ele.
Há poucas horas me atentei, ao ler um trecho (do Caio) que, ao buscarmos o amor-a-todo-custo, nos tornamos propensos ao pejorativo, ao ridículo, quase à piedade. Nos tornamos, grosso modo, auto-degradados. Imploramos ao universo um retorno do que engatinhamos, sequer sabemos, imagine, dominar, o amor, Ele.
Espero estar prestes de uma serenidade impreterível, para entender a busca, persistir, mesmo que somente por medo de 'pessimizar', ouvir Ella, Billie, Melody. E paro meio sem jeito, na noite que já quase vira dia, volto pro Caio, lembrando dos amores da matéria de algumas páginas além, que citava Os 4 amores, do C. S. Lewis.

7 de mar. de 2010

1/4 de vida ou vulgo - parabéns pra você.

Sobre a vida e seu prosseguimento tenho a dizer o seguinte. Os caminhos que somos, alguns caminham por nós e outros aos lados, pelo direito e no esquerdo. As gentes são impreteríveis, confirmo convicto.
Sentir-se considerado é uma maravilha, hoje uma satisfação me acompanha e, jus-ta-men-te, por conta de pessoas queridas, seus cheiros, palavras, presenças na medida necessária. A chegada de cada um na vida da gente vem acompanhada de uma introspecção (ou sou louco). E meu Deus do céu. Quantos aprendizados.
Agradeço imensamente pela existência de cada um que chega, sai, fica e permanece, que vai me mostrando implícita ou 'avassaladoramente' quem sou, quem são, somos nós. As ausências e presenças que, de uma forma ou de todas, me deixam reflexivo, e haja.

Haja tempo e disposição para pensar, e penso(amos). Ou tento(amos). Que seja.

"Deve haver alguma espécie de sentido ou o que virá depois?" Caio...


5 de mar. de 2010

Criando motivos.

De uma maneira mais amena eu sigo as tentativas que me dou. A morte é necessária, mas os abortos são fundamentais. Queria colocar uma música, uma sonoridade que traduzisse ca-mu-fla-da-men-te, o que sinto e sou, ou estou.

Procuramos partes, incessantemente, e para compor um todo que julgamos coerente, um contexto desconhecido de partes imaginadas, porque as vividas, queridas por isso vividas, consideramos pouco demais, parte pequena, quase desnecessária.

Queria comemorar uma auto-bodas, bodas de pretexto, criar um tipo de alegria pro que sou, contentar o ao redor com boa conduta, escrever um texto contente, uma alegria em palavra, coisa tola a minha, mas como o Caio diria - eu queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa que escrevi.

Me leia, perceber-me, também é uma coisa que tento, me atento.